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Como ser mais maduro psicologicamente
por Kim Giles
 
 
 P: Meu cônjuge diz que sou imaturo porque fico ofendido com facilidade e tenho dificuldade em saber como lidar com essas situações. Eu sei que fico emocional e reativo às vezes, e tenho dificuldade em comunicar como me sinto. Eu culpo os outros por me enlouquecer e muitas vezes me acostumei a ficar mal-humorado ou a não conversar com eles até que percebam que algo está errado. Posso aprender a lidar com coisas com mais “maturidade” e como alguém poderia fazer isso?
A: Nós chamamos isso de maturidade psicológica ou emocional e é algo que, definitivamente, você pode trabalhar e mudar. O problema é como, porque não se ensina isso na escola (embora deveriam). Então, onde você vai aprender isso?
 
Algumas pessoas tiveram a sorte de ter pais psicologicamente maduros que lhes ensinaram a refletir de forma precisa e lógica e a falar sobre seus pensamentos e sentimentos. Mas muitos não tiveram isso. Muitos tiveram um pai que era um mau comunicador, dramático, facilmente ofendido, reativo ou fechado. Essas pessoas boas não conheciam uma maneira melhor de se comportar e faziam o melhor que podiam, mas não lidavam com a vida de uma maneira madura, calma e refletida. Você pode quebrar o ciclo do comportamento imaturo, entretanto, e aprender como responder mais apropriadamente. Você pode desenvolver o que eu chamo CLAREZA (a capacidade de ver a si mesmo, outras pessoas e situações com precisão).
 
Você pode e deve aprender como fazer isso se você quiser ter relacionamentos saudáveis.
 
Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer para testar sua maturidade psicológica:
 
• Quando você fica chateado, você entende por quê? Você consegue enxergar que ficar chateado é uma escolha?
 
• Quando você fica ofendido, você entende por quê? Você consegue enxergar que ficar ofendido é uma escolha?
 
• Você assume a responsabilidade por sua escolha de ficar chateado ou ofendido, ou você culpa os outros pelos seus sentimentos?
 
• Você tem a capacidade de ver uma situação pela perspectiva de outra pessoa, e tem empatia ou compaixão por elas?
 
• Você compartilha seus pensamentos e sentimentos com outras pessoas, ou você se sente mais seguro mantendo-os para si mesmo?
 
• Você admite quando está errado e pede desculpas sem sentir vergonha ou criar drama de auto-compaixão em torno disso?
 
• Quando ofendido, você adota medidas para falar sobre o assunto resolvê-lo, ou você espera para poder acusar a outra pessoa de ser o vilão?
 
• Você sente ciúme de outras pessoas e seus sucessos, ou se sente ameaçado por eles? 
 
• Você é viciado no sentimento de ficar zangado e ou sentir-se justificado? Faz você se sentir poderoso?
 
• Você lida mal com a rejeição?
 
• Você mantém rancores? Você se agarra a histórias da autopiedade?
 
• Você procura soluções para problemas, ou você simplesmente se queixa deles?
 
• Você reage demais e leva as coisas para o lado pessoal?
 
• Você consegue se ajustar para mudar e ser flexível quando as coisas não saem do jeito que você quer?
 
 
Estas perguntas lhe darão uma ideia boa de quão maduro emocionalmente você está.
 
Tal Ben-Shahar, autor e conferencista na Universidade de Harvard e autor de “Being Happy”, diz que a maturidade psicológica tem três componentes. A primeira é a capacidade de recuar diante de uma situação e vê-la mais de uma perspectiva de panorama geral, abrindo mão de sua primeira reação emocional e escolhendo uma resposta mais lógica. A segunda é a capacidade de retroceder e ver as coisas do ponto de vista de outra pessoa. A terceira é a capacidade de se separar de sua necessidade de estar certo, aceitar que o ensinem e estar aberto a mudar sua perspectiva.
 
Ele incentiva os leitores a ficarem atento e conscientes de sua perspectiva atual. Você está vendo esta situação apenas a partir de uma perspectiva atual, aqui e agora, emocional, ou você consegue ver esta questão de uma perspectiva de longo alcance, que seja mais racional do que emocional? Que importância terá esta questão daqui a cinco anos? Qual é o resultado de longo prazo que eu gostaria de criar com essa pessoa, em vez de apenas me comportar de acordo com a vontade do momento?
 
É preciso auto-controle para parar suas reações emocionais e dar um passo atrás e avaliar uma situação mais logicamente. É preciso amor autêntico por outras pessoas para ir mais longe do que a sua própria perspectiva e colocar-se no lugar de outra pessoa e realmente entender como eles se sentem. Há muitas planilhas na minha página de recursos no meu site que darão o passo-a-passo para você aprender a fazer isso.
 
Nathaniel Branden escreveu um livro incrível em 1969 chamado “A Psicologia da Auto-Estima”. No livro ele atribui maturidade psicológica a um saudável senso de auto-estima. Ele acredita que, como seres humanos, estamos destinados a ser pensadores, não reagentes instintivos. Quando reagimos sem pensar, com pouca sensibilidade aos outros, ou motivados pelo medo, vamos acabar odiando a nós mesmos. Ele acredita que é somente quando nós adquirimos o controle sobre nós mesmos e nossas emoções e aprendemos a refletir sobre as situações e reagir racionalmente, que nós realmente gostamos de nós mesmos. Concordo que há uma conexão, porque, quando ensino meus pacientes a pensar mais claramente sobre si, sobre as pessoas e a vida, o resultado é um aumento quase imediato na auto-estima.
Braden diz que a maturidade psicológica é a capacidade de pensar sobre princípios, não emoções. A imaturidade psicológica está sendo suplantada pela emoção e perdendo de vista o panorama global. Ele diz: “Só se tivermos uma abordagem racional de nossas emoções podemos ficar livres da auto-dúvida paralisante, da depressão e do medo”.
Em meu livro “Escolhendo a clareza: o caminho para a ausência de medo”, recomendo escrever um conjunto de políticas pessoais (princípios) e procedimentos (processos) que ajudam você a refletir mais logicamente em situações e responder de forma mais madura. Você deve ter uma política sobre o seu valor, e sobre o que ou quem você vai permitir que o diminuam. Você deve ter um procedimento para lidar com situações em que alguém o ofende. Você precisa rever um processo em sua mente para ajudá-lo a se acalmar e olhar para as coisas da perspectiva do outro. Então você deve começar a praticar essas novas técnicas, até que se tornem uma segunda natureza.
Se você investir esforço consciente nisso e lembrar-se muitas vezes da importância de refletir na situações antes de reagir, você vai ganhar mais e mais controle sobre sua vida e seu comportamento, e sua auto-estima vai melhorar.
Não desanime se parecer difícil no início. Inicialmente, muitos de meus pacientes acham que é impossível mudar esse comportamento, mas eu juro: você consegue. Diariamente, ajudamos pacientes a mudar esse tipo de comportamento. É preciso apenas educação e prática.
Defina uma pequena meta, a cada semana, para trabalhar em um aspecto de sua maturidade psicológica. Coloque um lembrete (por exemplo, wallpaper em seu telefone celular) para lembrá-lo de ver as coisas da perspectiva de outro, pense antes de reagir, ou escolha a confiança em vez do medo.
Se você trabalhar com uma peça de cada vez, você consegue.
Você também pode querer procurar a ajuda de um conselheiro profissional. Um pouco de orientação profissional faz milagres.
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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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