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Sem integridade moral, a psicologia se torna ferramenta de manipulação e exploração

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Princípios universais e sacralidade da vida e da liberdade

A santidade da vida e o direito à liberdade estão, de fato, enraizados em princípios universais que transcendem contextos culturais ou temporais, alinhando-se com a teoria do direito natural e a filosofia clássica. Uma vez que os seres humanos não podem criar vida a partir do nada (ex nihilo), atribuem-se a origem e o sustento da vida a um poder superior ou ordem natural, imbuindo-a com valor inerente. Esta sacralidade reflete-se nas obras de grandes figuras históricas, que fornecem argumentação filosófica robusta a respeito desses princípios. Esses pensadores oferecem insights profundos de por que a vida e a liberdade são sagrados

Aristóteles

Sua visão sobre a vida e a liberdade está ligada ao seu conceito da boa vida (eudaimonia) dentro de uma comunidade política, onde a vida e a liberdade são essenciais para que os seres racionais realizem o seu potencial.

Sobre a sacralidade da vida:

O bem do homem é o exercício ativo das faculdades de sua alma em conformidade com a excelência ou virtude.
(Ética Nicomacheana, Livro I, Capítulo 7)

Isto implica que a vida é sagrada porque é o recipiente para a atividade racional, que é o bem mais elevado, tornando sua preservação e uso adequado um princípio universal.

Sobre a liberdade:

Um estado é uma comunidade de homens livres.
(Política, Livro III, Capítulo 4)

Sua afirmação de que a liberdade é intrínseca a um estado justo ressalta a liberdade como um direito sagrado, essencial para o florescimento humano dentro de uma comunidade, refletindo sua necessidade universal.

Thomas de Aquino

Sua filosofia está profundamente enraizada na lei natural, que ele vê como derivada da lei eterna de Deus, tornando a vida e a liberdade sagradas devido à sua origem divina e propósito racional.

Sobre a sacralidade da vida:

Porque a vida é de Deus, não é nossa para dispor como quisermos, mas deve ser preservada e usada de acordo com a Sua vontade.
(De Summa Theologica, Questão 64, Artigo 5)

Esta citação enfatiza que a santidade da vida vem de sua fonte divina, tornando-a inviolável e não sujeita ao capricho humano, alinhando com a premissa de que a vida é sagrada porque os seres humanos não podem criá-la ex nihilo.

Sobre a liberdade:

“O homem é dito livre na medida em que pode agir por um fim que ele mesmo determinou, e não apenas seguir o instinto de seus apetites. (Summa Theologica, Questão 83, Artigo 1)

Isto sublinha a liberdade como um direito sagrado, derivado da racionalidade humana e da capacidade de escolher de acordo com a razão, não mero impulso, refletindo sua natureza universal e inerente.

Esta defende vigorosamente a liberdade como um direito sagrado, derivado da lei natural, tornando-a universal e inviolável, uma vez que precede qualquer imposição humana.

John Locke

Sua filosofia dos direitos naturais postula que a vida, a liberdade e a propriedade são inerentes e inalienáveis, fundamentadas no estado da natureza e da razão, tornando-as sagradas devido à sua investidura divina.

Sobre a sacralidade da vida:

Cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa. Ninguém tem direito a isso, exceto ele mesmo. O trabalho do seu corpo e o trabalho das suas mãos são propriamente dele.
(Segundo Tratado de Governo, Capítulo V, Secção 27)

Esta citação estabelece a vida como sagrada porque é inerentemente própria, um dom que não deve ser violado, alinhando-se com a ideia de que a santidade da vida precede a criação humana.

Sobre a liberdade:

A liberdade natural do homem é ser livre de qualquer poder superior na terra, e não estar sob a vontade ou autoridade legislativa do homem, mas ter apenas a lei da natureza para seu governo. (Segundo Tratado de Governo, Capítulo VII, Seção 87)

A psicologia, como o estudo da mente e do comportamento, deve se fundamentar nos princípios universais da sacralidade da vida e do direito à liberdade porque esses princípios fornecem um quadro ético fundamental que garante que a disciplina respeite a dignidade inerente e a autonomia dos indivíduos. A sacralidade da vida, como articulada por pensadores como Tomás de Aquino, (“Porque a vida é de Deus, não nos cabe a nós dispor como quisermos”), ressalta que a vida humana é inerentemente valiosa, não meramente uma construção de normas sociais. Este princípio é crucial para a psicologia, pois ordena que os profissionais tratem os indivíduos com reverência, priorizando seu bem-estar e protegendo-os de danos, como visto em diretrizes éticas como a Declaração Universal de Princípios Éticos para Psicólogos, que enfatiza o respeito pela dignidade.

O direito à liberdade, como defendido por John Locke, (“A liberdade natural do homem é estar livre de qualquer poder superior na terra”) é essencial para a prática psicológica porque afirma a autonomia dos indivíduos em fazer escolhas sobre sua saúde mental e desenvolvimento pessoal. A psicologia deve respeitar essa liberdade. para evitar coerção ou manipulação, garantindo que as intervenções terapêuticas sejam consensuais e alinhadas com a autodeterminação racional do indivíduo, como sugere Aristóteles (“O homem é dito para ser livre em que ele pode agir por um fim que ele determinou sobre si mesmo”). Isso está alinhado com o objetivo da disciplina de promover a saúde mental dentro de um quadro de livre arbítrio e responsabilidade pessoal.


A psicologia deve se fundamentar nestes princípios universais, porque eles fornecem uma base objetiva e transcultural para a prática ética, contrariando o relativismo e garantindo que a disciplina sirva ao bem mais elevado da humanidade. Sem essa base, a psicologia corre o risco de se tornar uma ferramenta para a manipulação social ou exploração individual, como visto em abusos históricos como lobotomias ou experimentos antiéticos, que violaram a sacralidade e liberdade da vida. Aderindo a esses princípios, a psicologia sustenta seu papel como uma ciência que respeita e aumenta a dignidade humana, alinhando-se com a verdade universal de que a vida e a liberdade são inerentes e invioláveis. Assim, esses princípios universais são indispensáveis para a integridade ética da psicologia

Imagem:
Sam Kolder,
via Pexels

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Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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