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1 Pedro 2:11 deixa clara a questão da “morte para si mesmo”.

“Amados, eu vos exorto, como peregrinos e forasteiros, a que vos abstenhais das paixões da carne, que guerreiam contra a alma.”

“Morte às paixões da carne que guerreiam contra a sua alma.”

Existem algumas paixões da carne que guerreiam contra a sua alma.

Como essas paixões ferem sua alma, você deve, por autopreservação, lutar contra elas.

Isso significa morte para o eu? Ou vida para o eu?

Cody Libolt

Resposta de ChartingLiberty:

Vida para o eu!

O espírito acima da carne.

Alinhe os apetites com o nosso télos. Não os sufoque. Coloque-os em seu devido lugar. A morte para um télos falso e a descoberta do verdadeiro télos é a vida eterna.

“Telos” (τέλος) é uma palavra grega antiga que se traduz como “fim,” “propósito,” “meta,” ou “cumprimento.”
Em essência, telos refere-se ao propósito inerente ou à causa final para a qual algo se dirige.
Aristóteles introduziu telos como a quarta de suas quatro causas (explicações de por que algo existe ou muda):

Causa material – do que é feito
Causa formal – sua forma/estrutura/essência
Causa eficiente – o que fez isso (o agente)
Causa final (telos) – para que serve; seu fim ou propósito

Por que ele precisava do conceito:
Filósofos pré-socráticos (como Thales, Anaximandro) explicavam tudo apenas por causas materiais ou eficientes (“água é tudo”, “o movimento deu início a ele”). Platão focou em formas eternas (causa formal). Aristóteles argumentou que a compreensão plena requer saber por que algo visa um bem específico (crescimento para as plantas, percepção para os animais, contemplação para os seres humanos). Teleologia (direcionamento-objetivo) era óbvia em biologia e ética, então ignorar o telos deixava as explicações incompletas.

Depois de Aristóteles, o telos permaneceu central na filosofia helenística, medieval (Aquino) e do início da modernidade, então foi amplamente descartado na revolução mecanicista do século XVII (Descartes, Newton). Sobreviveu em ética, biologia (até que Darwin o reformulou) e teoria da virtude. Hoje é revivida na ética neo-Aristoteliana e filosofia da biologia.

Telos na Filosofia


Bolota de carvalho. Foto de Jose Hernandez-Uribe, via Unsplash

A visão de Aristóteles: Aristóteles usou telos para explicar tanto os fenômenos naturais como o comportamento humano. Por exemplo, o telos de uma bolota é de se tornar um carvalho, e o telos de uma vida humana pode ser de alcançar eudaimonia (muitas vezes traduzido como “florescimento” ou “felicidade”) por meio da vida virtuosa. Ele viu o telos como uma das quatro causas (ao lado de causas materiais, formais e eficientes) que explicam por que as coisas são como são.

Exemplos: O telos de uma faca é cortar, o telos de um olho é ver. Para os seres humanos, argumentou Aristóteles, nosso telos implica em atividade racional de acordo com a virtude, o que leva a uma vida plena.

Telos no contexto do comentário de ChartingLiberty

Charting usa telos em um sentido teológico e ético, alinhando-se com as interpretações cristãs influenciadas pelo pensamento aristotélico (por exemplo, de estudiosos medievais como Tomás de Aquino). O post sugere:

– Apetites humanos (paixões da carne) devem ser ordenados em direção a um “verdadeiro Telos” – provavelmente o propósito final de se alinhar com a vontade de Deus ou alcançar a vida eterna – ao invés de um “telos falso” (por exemplo, prazeres fugazes que prejudicam a alma).

– Isto repete o chamado de 1 Pedro 2:11 para se abster das paixões carnais que travam guerra contra a alma, reformulando “morte de si mesmo” como sendo o redirecionamento dos desejos para um objetivo espiritual mais elevado, em vez de suprimi-los inteiramente.

Aplicações mais Amplas

Teologia Cristã:
O Novo Testamento às vezes reflete essa ideia. Por exemplo, as palavras de Jesus na cruz, “Está consumado” (João 19:30, onde “consumado” pode ser ligado a telos), sugere a realização de um propósito divino. A menção do post de “vida eterna” liga telos à salvação.

Relevância Moderna: Hoje, debate-se telos em ética e biologia. Alguns argumentam que é uma estrutura útil para a compreensão da natureza humana (por exemplo, o telos de uma criança pode incluir o crescimento para se tornar um adulto capaz), enquanto outros vêem isso como ultrapassado em um contexto científico dominado pela evolução e aleatoriedade.

Por que Importa Aqui

O post usa telos para propor que a verdadeira “vida para o eu” vem de se alinhar com esse propósito final, não de se entregar a paixões descontroladas. Isso combina a antiga filosofia com a doutrina cristã, sugerindo uma abordagem prática: em vez de “sufocar” desejos, colocá-los ao serviço de um objetivo superior.

Imagem:
David Bartus,
via Pexels

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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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