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Rembrand e o retrato interior

Creio ser de todo um excesso explicar quem foi Rembrandt Harmenszoon Van Rijn, um dos maiores pintores de todos os tempos. Se fossemos fazer uma listinha, ele figuraria entre os cinco mais importantes, sem sombra de dúvida. Portanto, vou me limitar aos fatos básicos: nasceu em Leiden, Holanda, em 15 de julho de 1606 e faleceu em 1669, em Amsterdam.

Fez muito sucesso, ganhou muito dinheiro, mas o destino não foi bondoso com a vida privada desse gênio: dos quatro filhos do casal, só um chega à idade adulta, Tito. E em 1642, o pintor perde sua querida mulher, a linda Saskia. Daí em diante…

 

Acima, autorretrato aos 37 anos. Rembrandt deixou imensa quantidade de autorretratos, entre óleos, gravuras e desenhos, parece que mais de 80. Esse dado ainda não é considerado definitivo. Foi somente a partir do final do século dezenove, quando estudiosos se debruçaram sobre sua obra que se descobriu o quanto ele retratou a si mesmo. Por quais razões, é um mistério. Abaixo, em detalhe ampliado, os olhos:

 

Em um estudo sobre os famosos autorretatos, feito pelos psicanalistas Maria e Martin Bergmann, eles citam Freud: “Quando pensarem em mim, pensem em Rembrandt, um pouco de luz e muita escuridão”. E lembram que somente uma geração separa Shakespeare de Rembrandt, dois gênios que muito contribuíram para a capacidade humana de voltar o olhar para dentro de si mesmo.

Mas Paixão Pela Pintura não podia deixar de mencionar Ronda Noturna, talvez um dos mais importantes e polêmicos quadros pintados por Rembrandt.

Não conheço ninguém, nem nunca ouvi falar que, ao ter a oportunidade de entrar na imensa sala do Rijksmuseum e dar de cara com esse quadro lá ao fundo, não pare, extasiado, para só depois se aproximar devagarinho, quase que reverentemente, diria eu.

Impressiona saber que aquilo foi feito com um pincel, tintas e o talento de um homem. Só quem nunca tentou desenhar ou pintar pode deixar de ver nesse quadro toda a genialidade de Rembrandt.

Quadro pintado por encomenda, seu nome original era “A Mudança da Guarda da Companhia do Capitão Frans Banning Cocq”, que servia no Regimento dos Arcabuzeiros de Amsterdam. O quadro ficou pronto em 1642, no auge da Era de Ouro dos Países Baixos. E foi o primeiro fracasso do pintor.

O capitão não gostou porque encomendara um retrato seu e não da companhia, e também porque percebeu que Rembrandt não pintara a mudança da guarda, mas um retrato de cada um deles. O preço também não agradou. Achou caro.

É uma tela enorme que perpassa para o espectador uma espantosa ideia de movimento. A mão do capitão, que passa o comando ao subordinado, salta para fora da tela. É realmente impressionante, como podemos ver no detalhe ampliado abaixo:

 

Mas como em todos os retratos que pintou, Rembrandt põe na tela não o exterior de seus retratados, mas seu interior. O que talvez tenha sido o grande motivo da ira do capitão…

Famoso e rico aos trinta anos, Rembrandt morreu acabrunhado e na miséria aos 63 anos, em 4 de outubro de 1669. No cavalete, um quadro inacabado. Em seu testamento deixou “algumas roupas de linho ou lã e minhas coisas de pintor” e uma obra que marcou um dos pontos culminantes na História das Artes.

Autorretrato com chapéu e dois cordões, 1642/1643, Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid

Ronda Noturna, 1642, Rijksmuseum, Amsterdam

Referência: Blog do Noblat

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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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