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As Mensagens Contraditórias de Monster High Sobre Bullying

por Bailey Shoemaker Richards

Leia o artigo original aqui.

A linha Monster High de brinquedos  foi atacada por pais e pesquisadores desde que foi lançada – os personagens escassamente vestidos com suas proporções impossíveis, e as mini-saias curtas, maquiagem excessiva e mensagens ruins receberam longos e fortes gritos de “Buu!” Agora, a empresa tentou levantar a imagem da linha dos mortos, usando uma tática chamada “lavagem do bem”.

Ao revestir o site com mensagens como, “Não seja um monstro malvado!” e enfatizando na imprensa que a linha de brinquedos incentiva a amizade, a linha Monster High espera parecer, repentinamente,  ótima para os pais.

Há, porém, muitos problemas com isso.

Para iniciantes, os brinquedos (e o seu mercado onipresente, os seus anúncios comerciais e webisódios) refletem essa mensagem? Do lado de fora, uma linha de brinquedo que incentiva as crianças a serem elas mesmas e únicas soa como uma ótima opção – mas, fora o fato de que as personagens Monster High são monstros, elas se parecem com todas as outras bonecas do mercado.

A carapaça de monstro é apenas isso: uma camada extra de maquiagem colada sobre a mesma mensagem antiga sobre como espera-se que as garotas se pareçam e ajam. Não consigo pensar em uma única linha de brinquedos que incentive explicitamente as meninas a tentarem ser como todos os outros; a singularidade é uma mensagem em comum, mas quando a maioria dos brinquedos oferece as mesmas opções estreitas de aparência e comportamento, vou protestar.

Os webisódios não se saem melhores com este tipo de escrutínio.

O mais recente, quando eu visitei o site, era “As Nove Vidas de Toralei”, um artigo de jornal da escola sobre um valentão maldoso, completado com conotações racistas (Toralei acaba “no canil” – ainda de salto alto – onde ela conhece outras “gatinhas da rua”, suas “manas gatisomem” – e não, eu não estou brincando).

Toralei e suas “manas” lutam para controlar a prisão tendo uma briga de gato com os cães manda-chuva, antes de Toralei e as outras serem transferidas para o Monster High, onde se indica que “aplicam-se as mesmas regras”.

Aparentemente, é uma selva lá fora, e a única maneira de chegar ao topo é maltratar, lutar e intimidar o seu caminho.

Dificilmente a mesma mensagem de “Não seja um mmonstro malvado”, não é? Mas talvez esse seja apenas um episódio ruim. É possível que haja outros com melhores mensagens sobre amizade, cooperação, inteligência, bondade e boa ética, certo?

“Desvida para Viver” apresenta Cleo fazendo bulling com seu namorado para ele comprar smoothies (porque é assim que as meninas conseguem o que querem: fazendo beicinho, encarando com raiva, cruzando os braços – boa lição!) E conversando com Ghoulia, a “garota inteligente” necessária, que é brilhante mas decadente, babona e incapaz de falar.

Quando Cleo se afasta, ela ridiculariza Ghoulia (mostrada à esquerda) por não ter uma vida. Que boma amiga.

Ghoulia, então, aparece respondendo o equivalente cerebral de um Bat-Sinal e salvando a escola, apenas para ser novamente, zombada por Cleo no final do episódio.

Episódio atrás de episódio apresenta mensagens semelhantes: Você chega ao topo, sendo o maior monstro possível – e não da maneira divertida, singular, que o lema insiste que  você pode deveria, mas ameaçando ou usando violência física, táticas de bullying, enganando, mentindo e choramingando .

O episódio ocasional em que esses métodos não funcionam (geralmente porque eles são praticados por alguém além dos top Ghouls maldosos) não conseguem fazer valer nenhuma boa lição ou crescimento moral.

Então, o que devemos fazer com as mensagens contraditórias de Monster High?

E, o mais importante, como podemos nos comunicar com o público-alvo (meninas com cerca de 6 anos de idade até as adolescentes) que talvez esses monstros não tenham, afinal,  os melhores interesses no coração? (alunas de ensino médio não brincam mais com bonecas, mas a escola de segundo grau parece legal e glamourosa para as meninas mais novas)

Ter uma discussão de alfabetização de mídia apropriada para a idade com crianças é um grande primeiro passo para ajudá-las a desenredar a web (teia) que o Monster High está tentando tecer.

Ao revestir mensagens ruins de uma camada externa de boas relações públicas e slogans atraentes, a empresa torna mais difícil para crianças e pais rejeitarem o brinquedo sem parecer que apoiam o bullying.

Essa é uma tática viscosa, mas ajudar as crianças a desenvolverem uma enorme competência de alfabetização na mídia revela a elas essa tática.

Para garantir que as crianças compreendam a reviravolta, os pais e os irmãos mais velhos têm que entender primeiro.

Pontos de discussão de alfabetização de mídia sobre as Mensagens Contraditórias do Monster High

1.) Quem lucra? Quem se beneficia de uma grande empresa atirando frases de bem-estar em uma linha de produtos que está sob tiroteio por divulgar mensagens negativas para crianças? A empresa. Se o trabalho de Relações Públicas funcionar, os pais e as crianças vão comprar a publicidade de que, de repente, as atitudes historicamente ruins das personagens de Monster High, as roupas escassas e os corpos não saudáveis desempenham o segundo violino em suas mensagens positivas sobre ser legal e verdadeiro consigo mesmo.

2.) A sua mensagem é coerente? Examinando a mensagem em seu contexto – o Website de Monster High – revela rapidamente que a mensagem da menina legal é colada precipitadamente numa fachada que tenta encobrir a percepção da realidade da “Menina Má” da realidade de maledicência e bulling. Colando uma  platitude em destaque no site não altera o fato de que o show do Monster High depende do ódio das meninas, da violência de meninas contra meninas e estereótipos (tanto de gênero quanto de raça) para alimentar as meninas com as mesmas mentiras antigas.

3.) Você pode detectar a manipulação? Organize-se para assistir os episódios. As meninas no público-alvo não vão entender, necessariamente, o que se entende por sexualização da infância, mas elas entendem a amizade. Assistindo alguns dos episódios do Monster High (eles geralmente têm cerca de 3 minutos de duração) e falar sobre o comportamento dos personagens é uma maneira fácil de expor as mensagens negativas que eles contêm.

“Cleo é legal com Ghoulia? Você acha que é assim que os amigos devem se tratar? É adequado bater, arranhar ou dar socos para abrir caminho? Como você acha que seus amigos sentiriam se dissessem isso a eles?”

Fazer perguntas simples sobre os comportamentos das meninas dos episódios irá pr a nu a mensagem e, a partir daí, é fácil ter uma discussão franca sobre por que esses comportamentos não são adequados e por que os brinquedos Monster High não são bem-vindos em casa.

As crianças que são jovens demais para analisar o marketing da linha de brinquedos não são jovens demais para discernir o é certo do errado. Conversar sobre as lições transmitidas pela Monster High é a maneira mais fácil de expor o monstro no armário e jogá-lo fora para sempre.

 

Outro artigo sobre o mesmo tema:

Como explicar para crianças Monster High e outras bonecas hiper-sexualizadas

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Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

Foto de Asher Legg, via Unsplash.
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